sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Olimpíada de Língua Portuguesa

Os alunos da EEF Hercílio Anderle participam da olimpíada de língua portuguesa onde três foram selecionadas.

Crônica:

Futuro da Nação

Domingo ensolarado, aproveitei para passear e tomar banho na cachoeira. No caminho parei para observar algumas crianças que estavam a brincar, e pensei comigo: "Que maravilha ver essas crianças brincando! - mas de repente veio-me uma idéia - E se não existisse crianças para brincar, como ficaria o mundo? E se não existisse mundo para elas brincarem'?'. Meus pensamentos foram cortados pelos gritos de alegria daquelas crianças; de repente senti o desejo de ir brincar com elas e sai correndo e meus pensamentos ficariam para depois...
Mas, foi em vão; meus pensamentos voltaram, parei em seco, e novamente pensei: 'Como ficaria o meu lugar sem eles? Como eles ficariam sem o lugar onde moro? São perguntas sem respostas, são respostas no ar, sem perguntas suficientes para serem respondidas, coisas passageiras, coisas pequenas, coisas lindas, coisas maravilhosas... Mas que ninguém dá valor. 0ps! Ninguém, exceto as nossas crianças, elas sim sabem apreciar e decorar as paisagens sabem como fazer os adultos rir, chorar, falar, brigar e até mesmo brincar. São elas que tomam o nosso lugar especial.
Na cachoeira, enquanto eu tomava um banho gostoso, eu pensei nas crianças pobres do nosso país e até do mundo inteiro. Pensei em como eles não tinham uma cachoeira daquelas para se refrescar, não tinham uma casa para morar, roupas para vestir, lugar para brincar, comida para comer, não têm sequer um carrinho, uma boneca para brincar: e são tristes, pois, além de terem de viver em lixões, em ruas, em viadutos arriscam a vida nos asfaltos no meio de carros para venderem algo que possa garantir o pão do seu dia, não são livres para viverem a infância, mas são escravos da tristeza, da solidão, do medo, da angústia e de uma infinita lista escura, escritas com palavras negras, palavras de tristeza.
No dia seguinte enquanto eu acordo aqui, lá nos lixões as outras crianças já saíram, enquanto eu vou para a escola, eles vão aniscar as suas vidas nos asfaltos.
Se eu fosse a dona do mundo, não me importaria muito com os filhinhos de papai, mas me importaria e muito com os pobres, ajudando-os, construindo casas para eles morarem, escola para estudarem e emprego para eles trabalharem e sustentar as suas famílias, pois é da família dos pobres que eu faço parte e é deles que eu tenho orgulho, pois nunca deixam de lutar para melhorarem a sua situação e a situação do seu pais.
Pobre não significa não ter nada ou ser vadio, mas significa luta, perseverança, tolerância, garra e coragem para enfrentarem o seu dia a dia.



Memórias Literárias:

Infância Adorada

Eu estava aqui sentado na varanda da minha casa, olhando para o céu quase sem estrelas..:Na noite nublada.Então. Comecei e lembrar-me da minha infância. Uma infância que ficou marcada, e que nunca irei esquecer. Uma infância muito diferente da de hoje.
Eu nasci e fui criado na Tifa Berlanda. Nunca sai de lá. Eu morava com meus dez irmãos, e com meus pais em uma casa de madeira, uma casa bem grande.
Todos os dias, exceto aos finais de semana. Eu levantava da cama muito cedo antes mesmo de amanhecer. Eu tinha que trabalhar na roça, com meus pais e alguns de meus irmãos.
Tínhamos que trabalhar até a hora que começava a escurecer. Apesar do trabalho, eu era uma criança feliz.
Aos sábados e domingos, e quando sobrava um tempinho, eu ia brincar com meus irmãos.
Esconde-esconde era uma das nossas brincadeiras preferidas. Não tínhamos televisão, e nenhum tipo de tecnologia. Havia dias em que ficávamos a tarde toda subindo em árvores.
Meu primeiro dia na escola foi um dos dias que mais marcou a minha infância. Isso faz sessenta e cinco anos, se não me falha a memória. Minha avó fez uma trouxinha de pano como bolsa para eu poder levar meu lanche e meu caderninho.
A minha infância, e a infância de hoje são muito, mas muito diferentes.
Hoje, as crianças fazem o que bem entenderem, na hora que quiserem, mesmo que seus pais não permitam.
Não era assim na minha época. O respeito com os pais estava acima de tudo. Quando eles diziam uma coisa tínhamos que obedecer. E eu, levava surra se ousasse enfrentar um deles.
Hoje, eu moro com minha esposa, tenho meus setenta e dois anos de idade. Setenta e dois anos de pura lembrança. Lembrança, desse meu tempo de criança, que nunca mais irá voltar.



Poema:

O meu paraíso


Onde eu moro
Tem ribeirão
Onde toca meu coração
Tem ovelhas que brilham como estrelas.
Tenho amor pela flor.
Tenho carinho pelo vizinho.
Onde eu moro
Os pássaros voam pelo céu
Onde as nuvens parecem mel.
Minha casa é grande
Onde brinco de pé-grande.
Tem cavalo
Que brinca com seu cabelo
Tem pássaro que brinca com seu colega bezerro
E tem a felicidade que mora em todo Iugar.


Parabéns aos poetas, pelos belos textos e por serem classificado para a olimpíada regional.

Um comentário:

marilene disse...

Parabens aos alunos e à professora Yala pela dedicação que ensinou esses alunos!