Paralisação é por tempo indeterminado e atinge 1.350 escolas públicas
Os professores da rede estadual de ensino de Santa Catarina entram em greve nesta quarta-feira. A paralisação é por tempo indeterminado e só deve ser interrompida quando o governo do Estado apresentar uma proposta de pagamento do piso salarial da categoria que seja aceita pelos trabalhadores. A greve vai atingir cerca de 700 mil alunos de 1.350 escolas públicas do Estado. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte) acredita que mais de 50% dos professores parem as atividades nesta quarta-feira em todas as regiões catarinenses. A decisão foi tomada na assembleia da categoria, no último dia 11, em Florianópolis. Nesta terça-feira houve uma nova reunião entre governo do Estado e Sinte, mas segundo os representantes dos trabalhadores, como nenhuma proposta foi apresentada a greve foi mantida. Os professores querem que o Piso Nacional da Categoria, de R$ 1.187,97, seja o salário inicial, pago sem a retirada de outros benefícios que estão na folha de pagamento. O governo concordou em pagar o piso mas somaria o salário base e os abonos para chegar ao valor, o que não é aceito pela categoria. O valor certo, segundo os professores, seria R$ 1.597, que soma o valor do piso mais os abonos. — Temos clareza do que é a lei do piso, como ela deve ser aplicada e tentamos negocia a partir disso. Estaremos em greve até que o Estado apresente uma nova proposta de aplicação do piso. Se a categoria aceitá-la interrompemos a paralisação — destacou o diretor financeiro do Sinte, Sandro Luiz Cifuentes. Sobre a reposição das aulas Cifuentes diz que o magistério catarinense sempre se comprometeu em fazer a reposição dos conteúdos. Ele salientou que tanto a reposição quanto o retorno ao trabalho está nas mão do Governo. O governo do Estado marcou uma mesa de negociações com os representantes dos professores para a próxima segunda-feira. Uma nova proposta será apresentada.
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